12/11/2018

Esquece o nosso amor, vê se esquece. 😞


Eu quero chegar na borda.


Eu quero sair desse abismo escuro, quero escalar essa parede suja de lama, de farpas. Eu quero chegar na borda e  conseguir contemplar o céu, as nuvens, o dia. Eu quero dar um salto daqui de dentro e chegar no solo firme, lá fora. Eu quero caminhar pra dentro do meu interior, quero arrumar a bagunça que está aqui (tá uma desordem muito grande), eu quero arrancar as farpas (uma por uma) que estão enfiadas nos meus pés e nas minhas mãos, eu quero me lavar inteira e tirar toda a lama do meu corpo (to quase que irreconhecível, de tão suja). Eu quero soltar meu cabelo e sair. Eu quero voltar pra casa, deitar no travesseiro. Eu quero dormir, sem precisar de remédios pra induzir meu sono. Eu não quero ter mais noites de insônia, por motivos que me machucam. Enfim, eu quero viver e quero encontrar (todos os dias) uma razão a mais pra isso. Eu quero rir uma risada sincera. Aquela risada. A minha risada. Que se realize o meu desejo. Amém!

Beth, Eu Mesma.

A única coisa que você precisa saber hoje.



♥️



Sigamos!


Ainda lembro do dia que decidimos ser “felizes para sempre”. Tua fala chegava aos meus ouvidos como música, o envolvimento que parecíamos ter era como mágica. Foram planos intermináveis, foram dias cheios de paixão, foram noites inundadas de tesão. Tua mão, grudada na minha, me falava do teu desejo, de ali ficar. A minha poesia se transformou em ti, somente. Hoje, tu não segura mais a minha mão, os dias de alegria foram em vão e nas minhas noites, sem ti, só existem tensão. Hoje, ainda que não exista você, aqui, a poesia permanece. Os dedos não cansam de escrever e a mente não para de pensar. Queria poder dizer: Volta! Mas a boca cala e a razão me diz que não. Assim vou seguir. Assim tem que ser, mas confesso que tá tudo uma confusão. Uma bagunça interminável, uma angústia inominável. O coração está em guerra, mas procura a todo instante uma bandeira de paz, engolindo, a seco, o desejo de correr atrás. Talvez, daqui pra frente, nada mais me interesse, nem as poesias, nem as musicas de amor, nem pra pedir paz, nem pra pedir favor. Tudo isso é tão ridículo, é tão piegas. Talvez eu seja isso, talvez esteja querendo me pintar de uma forma feia, pela não aceitação do que vivo nesse instante. Sei que, por vezes, vou me surpreender tateando as lembranças das coisas incompreensíveis, coisas que falam, que me tocam, que bebem e fumam, que me fazem promessas e que fingem. Apenas fingem. Eu preciso do ar do outro pra respirar segura, preciso da luz do outro pra me sentir brilhar na vida a dois, preciso do amor do outro pra seguir certa de que ali é o lugar. Preciso de coisas essenciais numa relação, para que eu possa existir, plena, dentro dela. Logo logo poderemos ir, andar em outras ruas, reconhecer os tropeços que a vida nos impôs e entender os problemas e os soluços das palavras que, um dia, nos mataram, engasgadas, na vontade de falar. O tempo dirá, o choro virá, a lembrança passará, a bebida esquentará, o cigarro apagará. E eu tenho certeza absoluta que um novo ser irá surgir, menos confuso e bem mais certo sobre mim. E me amará como eu não te amei. 
Tudo bem, sobre as suas fraquezas e a sua covardia, por não saber aceitar o que eu tinha pra te oferecer. A felicidade causa medo em algumas pessoas. Tá tudo bem, agora.
Fique com suas convicções, suas distâncias e a sua falta de coragem de entrar de cabeça em algo que poderia ser maravilhoso. Eu fico aqui, com meus poemas, talvez, batidos e ultrapassados.
O amor que eu quero é maior que esse momento, no qual você me deixou.
Sigamos!

Beth, Eu Mesma.