21/03/2019

Abrupta, é bruta e é terna ♥️

O silêncio se esconde e, na boca, outro verso o espera. É covarde sentir e não emitir coragem suprema. O que eu sinto - sim, é sucinto - não minto, mas nada supera seu desprezo completo por tudo o que passa, o que fica e o que resta.
No dorso cansado de um ser apressado, a dor só se revela, se finge de amor: quando diz que me aceita, me nega. A tarde serena revela a ternura de um vazio apenas. O poema é pena, é pedra, é pequena sequela. Eu sei que ela é doce, amarga e, às vezes, eterna. É palavra absoluta, abrupta, é bruta e é terna.


.Eu me chamo Antônio.