11/11/2018

Mais uma pra conta!

É uma sensação de eternidade, constatei ao me deparar com uma dor tão imensa na alma, que quase chega a ser física. É isso, é eterna,  por esse momento, a minha dor. E eu não faço ideia de quanto essa eternidade vai durar, nem quanto ela vai me custar. Só sei que ela é real.
Mas passa. Eu sei que passa (e como sei), mas agora, nesse instante, ela é infinda, é imensa e me corta como vidro quebrado, entrando na minha carne. 
Eu não posso ficar onde me sinto menor do que sou, onde não vejo o meu valor sendo reconhecido, onde não enxergo meu esforço sendo retribuído. Isso me acalma (um pouco), mas não ameniza o dessabor que amarga, feito fel, na minha boca.
Ah! É aprendizado... to cansada desse meio para que eu possa aprender qualquer coisa. É o meu coração que sofre, que dói. Isso não é justo. Até pelo fato de eu não entrar em qualquer coisa. Então acontece algo que me enche os olhos, algo que me aguça os sentidos, que me inspira, me paralisa e me faz correr ao mesmo tempo. Aí eu decido seguir. Então, chega o momento mais temido: o que eu preciso ir embora (ou o momento que vão embora de mim - dadas as circunstâncias, dá no mesmo).
Eu não quero mais isso. Eu não quero mais isso. Eu não quero mais isso. Grito, quase que ensurdecedoramente, dentro de mim. 
Amanhã é outro dia, aprendi isso ontem (que clichê). Vou me agarrando na certeza de que eu cheguei aqui, depois de tantos momentos eternos de dor, de tantos vidros quebrados entranhados em mim e me fazendo sangrar. Foram tantas hemorragias, que não consigo contar. Cicatrizes. 
Quando essa angústia, quase imperecível, passar, guardarei mais essa experiência, mais esse aprendizado filhodaputa, na minha alma, na minha história.
Segue o baile.
Mais uma pra conta, por favor!

Beth, Eu Mesma.





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