Nada mais ou menos me atrai. Uma vida mais ou menos, um amor mais ou menos, uma amizade mais ou menos. NÃO. Me recuso à relações rasas, comigo mesma ou com as outras pessoas. A vida tem que ser sentida, preciso perceber meu corpo estremecer até que minha alma vibre. Meus anjos e meus demônios precisam ser aflorados e a minha sanidade, muitas vezes colocada em dúvida, precisa, sempre, me deixar certa de que eu sou saudavelmente louca, sim. Viver tem que ser perturbador. Devemos construir, para vermos tudo desmoronar, depois. Devemos nos desconstruir, para, em seguida, nos vermos crescer, perante a nossa pequenice. Eu escolho sentir: emoções, dores, alegrias, decepções, amor. Eu escolho crescer, a cada sacolejo que a vida me dá. Porque no fim, a minha biografia só terá valido a pena mesmo se eu tiver deixado de lado os "mais ou menos" e me permitido sentir cada músculo do meu corpo se abalar, tremer, sacudir, diante dessa aventura desafiadora, chamada vida.
Beth, Eu Mesma 🌷
