É madrugada. Eu estou trilhando o caminho de volta. Deveria ter parado em um punhado de inércia, pra descansar meus pés e tratar das feridas expostas, mas estou inativa pro sono. Então sigo, caminhando, tropeçando em alguns pedregulhos, que se encontram nessa estrada escura. Não sei em que parte estou dessa viagem, meus graus de miopia misturou-se com a chuva que jorra, quase que sem parar, dos meu olhos, não me deixando identificar os lugares por onde passo. Só o que sei é que estou voltando. Sem muita esperança, eu elevo meus pensamentos pedindo pra que eu chegue logo. Tá escuro. Quero poder enxergar a claridade do fim do trajeto. Quero chegar sarada. Preciso parar um pouco pra me cuidar. Me sarar de outro ser. Me emponderar do que sou e me livrar, de vez, do que ficou pra trás.
Beth, Eu Mesma.
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