18/09/2011

Nossa sina


"Zé: Vortô pra ficá, né?

Maria: Não, achu qui minha sina é sempre caminhá

Zé: Tu carece é di criar raíz minina

Maria: Num fala assim Zé, eu sinto qui andei, andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum, sinto qui um tanto di coisa eu perdi e um tanto di coisa eu num consegui achá... Vivê é assim mermo Zé? Essa coisa doida qui muda sempre? A separação di quem a gente quer? Andança sem pará Zé? Parece tudo sonho. Vivê é isso Zé? E o amô Zé, quando é di verdade? E filicidade Zé, quando é de verdade?

Zé: Ói, a filicidade é o contrai do amô né? A filicidade...

Maria: E na vida Zé, o que vem dipois da morte?

Zé: Num sei. A gente só sabi perguntá, num sabe responder não

Maria: Acho que meu distino é sempre fazer o caminho di vorta.

Adeus Zé!

Zé: Mas será pussivi minina qui nossa sina seja sempre si dispidi

Maria: É não Zé! Nossa sina é sempre si incontrá."

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